sábado, 17 de setembro de 2011

Febre maculosa



Definição: a febre maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada por bactéria e transmitida
por carrapatos infectados. A doença é causada por uma bactéria (Rickettisia) sendo transmitidas por carrapatos
chamados de "carrapato estrela", "carrapato de cavalo" ou "rodoleiro".
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Hospedeiros: Os carrapatos estrela podem ser encontrados em todas as fases em aves domésticas (galinhas,
perus), aves silvestres (seriemas), mamíferos (cavalo, boi, carneiro, cabra, cão, porco, capivara, cachorro do
mato, coelho, cotia, coati, tatu, tamanduá) animais de sangue frio (cobras e lagartos).
Transmissão: Ocorre pela picada de carrapato infectado. Para que a bactéria Rickettsii se reative e possa ocorrer
a infecção no homem, é preciso que o carrapato fique aderido por algum tempo que varia de 4 a 6 horas. Pode
também ocorrer contaminação através de lesões na pele, pelo esmagamento do carrapato.
NOTA: - Retire delicadamente com uma pinça os carrapatos aderidos à pele, sem esmagá-los, NÃO espremê-lo
com as unhas ou agulhas.
Período de incubação: No homem, após receber a picada infectante, leva de 2 a 14 dias (em média, 7 dias),
para apresentar os primeiros sintomas.
Período de transmissibilidade: Não se transmite diretamente de uma pessoa para outra. O carrapato
permanece infectante por toda sua vida, que dura, aproximadamente, 18 meses. E a maior incidência da doença é
durante a primavera e o verão.
ASPECTOS CLÍNICOS
A doença tem um começo súbito com febre de moderada a alta que dura geralmente de 2 a 3 semanas e é
acompanhada de cefaléia, calafrios, congestão das conjuntivas. No terceiro ou quarto dia pode aparecer
manchas avermelhadas de fundo róseo, nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde se irradia
para o tronco, face, pescoço, palmas e solas. São freqüentes hemorragias na pele e mucosas, peripalpebral e
infecção conjuntival. Outros sintomas comuns são: tosse, hipotensão arterial.
NOTA: - A letalidade é aproximadamente de 20% na ausência de uma terapia específica.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E TRATAMENTO
Laboratorial: os exames laboratoriais a serem realizados são: o sorológico (para detectar a presença de
anticorpos) e o de cultura (para isolar o agente etiológico).
Tratamento: As drogas empregadas são: o cloranfenicol ou tetraciclinas. Além dos antimicrobianos, são
indispensáveis os cuidados médicos e de enfermagem dirigidos para as possíveis complicações, normalmente as
renais, cardíacas, pulmonares e neurológicas.
Fonte: José da Silva Costa Filho/GD do Brasil/Ambulatório médico/novembro 2005

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